A voz do dono ..parte 3

Como achei giro este tema e pelo comentário que se obteve, volto à carga para deixar mais algumas reflexões.
Eu sei que me limitei a dar a conhecer a fonte da tal expressão…A VOZ DO DONO.
No entanto a partir dai podemos partir para milhentas considerações. Acontece que tenho à minha frente um livrinho sobre o “Comentário político na Comunicação Social” e nele fui confrontado com uma explanação do Dr. José Miguel Júdice sobre esta questão bastante interessante. Acontece que após as primeiras linhas de leitura, de imediato me lembrei de outra expressão que poderá ter um pouco a ver com tudo isto. A expressão é…..TODO O BURRO COME PALHA, O SEGREDO ESTÁ EM A SABER DAR. José Manuel Júdice diz, em relação ao comentário político, que ele pode ter diversas leituras e formas. É evidente que estamos a falar da independência. A independência de quem faz o comentário. É que segundo Júdice, há várias teorias possíveis para a pôr em prática. Repare só: Será que a independência é ver as questões de um ponto de vista de Sírius ? Neste caso escreve-se ou comenta-se porque se é indiferente?
Ou será que a independência deve ser vista do ponto de vista do escuteiro e então escreve-se porque se quer fazer a boa acção diária?
Ou do ponto de vista do missionário e então escreve-se para salvar as almas?
Ou ainda, do ponto de vista do pica-pau e escrever é algo que serve para irritar?
Ou porque não do ponto de vista do sádico que escreve para magoar ou do masoquista que escreve para sofrer?.
E porque todo o burro come palha…o segredo está em saber como dar…também o comentador que escreve ou fala, pode mostrar que, mesmo sendo a voz do dono, tem imensas formas de não mostrar isso, ou seja…ser a voz do dono.
Eu continuo a pensar que…ser directo é mesmo ser diferente.